Vou falar sobre a diferença entre Sidechain comparado com Layer 2. Ambas são, pelo menos falando do ecossistema Ethereum, tentativas para deixar a rede do Ethereum mais escalável. Então, como vocês sabem, hoje o Ethereum tem alguns problemas de escalabilidade que afetam as taxas.

Quando está congestionada a rede, essas taxas podem subir bem. No pico do ano passado, quando havia a euforia do mercado, chegou a bater US$ 100 por taxa, dependendo da época que se fosse fazer a transação. E além disso, o número de transações por segundo que a rede consegue suportar, hoje na rede do Ethereum está em torno de 12 a 14 por segundo.

Uma das tentativas que eles estão fazendo para escalar isso é com blockchains paralelas (ou secundárias), e existem dois tipos — existem mais, mas os principais que estão sendo utilizados são essas Sidechains e as Layers 2. Exemplo de uma sidechain é o Polygon, cuja moeda se chama MATIC, e exemplo de Layer 2 temos o Optimism e o Arbitrum. São as duas principais.

Qual a principal diferença: uma sidechain tem a própria segurança, tem os próprios validadores e a segurança daquela rede é dada por esses validadores. Enquanto isso, uma layer 2 herda ou utiliza a segurança da layer 1, nesse caso aqui do Ethereum. Então o Optimism e o Arbitrum estão herdando a segurança da rede Ethereum enquanto o Polygon se apoia nos próprios validadores.

Existem prós e contras nos dois lados. Talvez a principal vantagem a longo prazo para uma sidechain é que ela pode acabar virando uma layer 1 por si só, e em algum momento decidir separar (ou até manter a compatibilidade da EVM dos códigos dos contratos inteligentes, mas se separar). Então isso poderia dar uma valorização dessa moeda, enquanto as layers 2 acabam ficando vinculadas e dependentes à layer 1.

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